São José do Rio Pardo, ,

06/Jun/2020 - 18:30:42

Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.

Maria Esméria do Amaral Mesquita




O Evangelho de Mateus descreve neste capítulo a escolha que Jesus faz dos Doze e o envio deles para anunciar a sua mensagem.

Eles são nomeados um a um, sinal do relacionamento pessoal que construíram com o Mestre, uma vez que o seguiram desde o início de sua missão. Conheceram o seu estilo, caracterizado sobretudo pela proximidade com os doentes, os pecadores e aqueles que eram considerados endemoninhados; pessoas todas essas que eram rejeitadas, julgadas negativamente, das quais era melhor manter-se distante. Só depois desses sinais concretos de amor pelo seu povo, o próprio Jesus se prepara para anunciar que o Reino de Deus está próximo.

Os apóstolos, então, são enviados em nome de Jesus, como seus "embaixadores", e é Ele que deve ser acolhido por meio deles.

Frequentemente os grandes personagens da Bíblia, diante da abertura de coração pa*ra com um hóspede inesperado, não programado, acabam recebendo a visita do próprio Deus.

Também hoje, de modo especial nas culturas que mantém um forte sentido comunitário, o hóspede é sagrado, mesmo quando é desconhecido; e para ele se prepara o melhor lugar.

"Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou."

Jesus dá instruções aos Doze: eles devem colocar-se a caminho, de pés descalços e com pouca bagagem: uma mochila simples, apenas uma túnica,.. Devem permitir que sejam tratados como hóspedes, dispostos a aceitar os cuidados dos outros, com humildade; devem oferecer gratuitamente a cura e a proximidade com os pobres e deixar a todos, como dádiva, a paz. Como Jesus, serão pacientes nas incompreensões e nas perseguições na certeza de que o amor do Pai os assiste.

Dessa forma, quem tiver a felicidade de se encontrar com algum deles poderá realmente experimentar a ternura de Deus.

"Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou."

Todos os cristãos têm uma missão, como os discípulos: testemunhar serenamente, primeiro com a vida e depois também com a palavra, o amor de Deus que eles mesmos encontraram, a fim de que isto se torne uma realidade feliz para muitos, para todos. E, uma vez que encontraram acolhida junto a Deus apesar de suas fragilidades, o primeiro testemunho é justamente a acolhida calorosa ao irmão.

Em uma sociedade muitas vezes marcada pela busca do sucesso e de uma autonomia egoísta, os cristãos são chamados a mostrar a beleza da fraternidade, que faz cada um reconhecer as necessidades do outro e desperta a reciprocidade.

"Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou."

Assim escreveu Chiara Lubich, com relação à acolhida segundo o Evangelho: (...) Jesus foi a manifestação do amor plenamente acolhedor do Pai celeste para cada um de nós e do amor que, consequentemente, nós devemos ter uns para com os outros. (...) Procuraremos, então, viver esta Palavra de vida, antes de mais nada, no âmbito de nossas famílias, associações, comunidades, grupos de trabalho, eliminando em nós os julgamentos, as discriminações, os preconceitos, os ressentimentos, as intolerâncias que surgem tão facilmente e tão frequentemente diante desse ou daquele próximo. São esses os sentimentos que tanto esfriam e comprometem os relacionamentos humanos, impedindo a amor recíproco, fazendo-o emperrar, como se fossem ferrugem. (...) A aceitação do outro, daquele que é diferente de nós, é o fundamento do amor cristão. O ponto de partida, o primeiro degrau para a construção daquela civilização do amor, daquela cultura de comunhão, à qual Jesus nos chama, principalmente hoje.¹ (Letizia Magri)

 1Chiara, Testemunhar o amor recíproco, Palavra de Vida, dezembro de 1992.

 Celebrar PENTECOSTES, depois de ter participado dos nove dias da novena, foi uma alegria, uma bênção, nunca experimentadas: parar diante do Mistério, contemplar na fé, sem querer uma explicação, simplesmente permanecendo mergulhada no amor de Deus cheia de gratidão.

Nesta quarentena, minha principal ocupação é a oração. Rezo pelo Papa, por todos os que estão sofrendo com esta pandemia, pela paz do mundo: De manhã com algumas amigas na Capela da Itaiquara, em casa, um terço com minhas ajudantes, e aproveito a internet para rezar mais terços, participar de missas, da Bênção Eucarística e ouvir algumas mensagens. Tenho tido a oportunidade de ajudar muitos necessitados e muito a agradecer...


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