Bendito o que vem em nome do Senhor

A Igreja, anualmente nos convida a celebrar

o Domingo de Ramos ou da Paixão,

que marca o início da Semana Santa,

onde temos a oportunidade

de celebrar a memória da

paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, aquele que é o centro de nossa fé.

Neste dia, em todas as partes do mundo,

por meio de ritos e preces, a comunidade cristã

recorda solenemente a entrada

de Jesus em Jerusalém

Nos evangelhos encontramos textos que narram como foi esse momento. O povo, com ramos em mãos, acolhe o Messias. Aquele que vem para trazer um novo tempo. Tempo da fraternidade e da paz. Não são os nobres que acolhem Jesus, na cidade onde ele será elevado no madeiro da cruz. Mas serão os simples, os humildes, os renegados daquele tempo que o acolherão, com um coração cheio de esperança.

Ele é o bendito de Deus, porque vem em nome do Pai, que entrega a ele a missão de instaurar entre os homens o seu reinado. Os nobres esperavam um rei que entrasse em Jerusalém montado num grande cavalo. Rompendo com tal expectativa, Jesus entra em Jerusalém, montado em um pequeno jumento, a montaria dos pobres e excluídos do seu tempo.

A celebração desse domingo recorda a toda comunidade cristã que Deus mais uma vez escolhe as coisas simples para confundir os grandes. Por isso, se desejamos participar do seu reino é preciso fazer o exercício de acolhê-lo nas pequenas coisas.

Ao entrar em Jerusalém, Jesus alimentou na vida dos pequenos a esperança de novos tempos. Basta recordarmos que os textos sagrados fazem questão de colocar em evidência que eram muitos aqueles que, com ramos nas mãos e lançando seus mantos ao chão, acolhiam Jesus como rei.

Celebrar hoje como comunidade cristã a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é alimentar em nosso coração a grande certeza, Deus se utiliza de coisas simples para continuar a revelar a grandiosidade de seu amor pela humanidade. Por isso, continuemos a cantar: "bendito o que vem em nome do Senhor".

(Liturgia - revista APARECIDA, março, 2021)

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Desde de, sempre gostei de festejar o Domingo de Ramos. Mais ainda, desde que, já casada, passei a morar em Itaiquara. Nossa procissão começava no pé do morro em que fica nossa capela. O caminho lindo, cheio de curvas, era enfeitado com ramos de palmeira e bicos de papagaio vermelhos. Havia muita gente participando. Com palmas nas mãos subíamos o morro cantando e rezando. Querendo que Jesus fosse realmente o meu Rei, eu subia aquele morro bem feliz, tendo a impressão de que muitos de nós pensavam a mesma coisa. Tantos anos passaram; devagar, tudo foi mudando, mas Jesus, é o meu REI, hoje e sempre.

A pandemia impede as celebrações das quais sinto muita falta. O que fazer? Rezar, rezar, rezar... Aproveitar a televisão que nos oferece bons momentos de oração, meditar a Encíclica Todos Irmãos... Amar a todos.

Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando.

Agradeço a vida que se renova para mim,

os trabalhos que me esperam,

as alegrias e também os dissabores

que nunca faltam.

Que tudo quanto viverei hoje

sirva para me aproximar de vós

e dos que estão ao meu redor.

Creio em vós, Senhor. Eu vos amo

e tudo espero da vossa bondade.

Fazei de mim uma bênção para

todos que eu encontrar.

Amém.

(Da revista de Aparecida)