Dia 5 de junho o planeta comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, data extremamente importante para refletirmos sobre nossa contribuição diante de assuntos preocupantes, como aquecimento global, desmatamento, diminuição da biodiversidade, poluição, entre outros problemas que têm agredido a natureza de maneira devastadora. �? importante lembrarmos que na administração municipal 2009 a 2012, quando ocupei o cargo de diretor de Meio Ambiente e, posteriormente, de secretário de Agricultura e Meio Ambiente, nós comemorávamos a semana do mês do Meio Ambiente. 

Para celebrar essa data, várias ações foram promovidas com escolas, creches, entidades e empresas. Palestras foram ministradas e muitas árvores foram plantadas na cidade, mais precisamente em vias públicas. E elas estão visivelmente frondosas, como as das avenidas Deputado Eduardo Vicente Nasser e Benedito dos Reis Scigliano, das ruas Siqueira Campos, Tenente Ismael de Souza Dias, da Glória (continuação da Ponte Nova, no bairro Santo Antônio).

Para essas iniciativas, sempre convocávamos crianças e jovens à participação. Nosso projeto �??Rio Pardo Vivo�?� infelizmente não teve sequência, nem tampouco foi ou está sendo desenvolvida qualquer outra atividade para registro da tão importante data.

PIRANHA NO RIO PARDO

Há algum tempo estive navegando pelo rio Pardo e, como de costume, me deparei com uma pequena rede armada em uma das margens. Aconteceu o esperável: a rede se enrolou na hélice do motor do barco, quase provocando resultados drásticos. Não tive alternativa, recolhi a armadilha, que estava repleta de Lambaris e trazia também muitas Piranhas.

Quase todos os Lambaris estavam com as caudas dilaceradas, e outros somente com a metade do corpo, tinham servido de alimento fácil para as Piranhas, que costumam atacar as presas em grupos, mas também caçam por perseguição ativa ou por emboscada. Em grupo, conseguem devorar um animal de grande porte �?? como uma vaca �?? em segundos. Conseguem devorar uma grande presa em pouco tempo porque não mastigam. Quando atacam em grupo, cada Piranha arranca um pedaço e se reveza com outra do cardume, assim sucessivamente até não restar nada da presa.

MAL NECESSÁRIO?

Grande parte desses peixes vive em cardume; habitavam os rios da Amazônia e, não sei dizer como, hoje eles estão também aqui, no nosso Pardo. Assim como todos os predadores, as Piranhas são importantes para o equilíbrio ecológico do ambiente. Atuam positivamente na limpeza das águas, pois devoram carcaças que, de outra forma, apodreceriam nos rios.  Neste caso específico, elas estão atacando os peixes da nossa bacia, da qual não são seres nativos, o que poderá provocar desequilíbrio no ciclo reprodutivo das demais espécies.

PIRANHA

A palavra �??Piranha�?� deriva da linguagem dos índios Tupis nativos. Ela é a junção da palavra tupi �??pira�?� (ou �??peixe�??) e �??ranha�?�, que significa �??dente�??. Elas pertencem a cinco gêneros da subfamília Serrasalminae. A maioria pesa cerca de 250 gramas e atinge comprimento aproximado de 25 centímetros. Caracterizam-se por serem peixes de corpo chato, em forma de disco, cabeça achatada frontalmente, boca rasgada que, quando semiaberta, deixa visíveis seus dentes triangulares, laminares e aguçados, cuja função é cortar e dilacerar.