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14/Ago/2021 - 19:57:38
Casal pescador e amante da Natureza
Felipe Quessada
Quando tratamos do assunto pescaria, quase sempre remetemos e somos levados à imagem do pescador, aquele homem que desbrava matas, enfrenta vento e chuva para estar em contato com a natureza, com a vara nas mãos, em busca de uma forte fisgada e de embarcar o maior peixe da sua história. E não adianta tentar provar o contrário, pois é assim que nós, pescadores machões, pensamos e pregamos.
REALIDADE
Na realidade, as coisas estão mudando. Hoje as mulheres estão tomando a frente de quase tudo ou, no mínimo, estão se equiparando aos homens. Em se tratando da arte de pescar, o sexo feminino está prosperando. Veja alguns aspectos na matéria abaixo, em que o casal de pescadores Charles e Marcia João narrou há alguns anos. Observe que ela compartilhou e enfrentou de tudo com seu inseparável companheiro de todas as horas, e sem perder a classe e a elegância ?? mesmo tendo que manipular iscas e peixes, o esmalte das unhas continuava impecável. Segundo ela, a cor vermelha faz a diferença, ou seja, lhe dá sorte e ela acaba fisgando mais peixes do que o maridão, veterano pescador.
??Eu e o Charles somos amantes da Natureza e, depois que nos aposentamos do banco, pudemos aproveitar nosso tempo livre de uma maneira muito prazerosa: PESCANDO. Digo sempre que nós, brasileiros, somos privilegiados e devemos agradecer a Deus por tanta beleza e exuberância que há por este Brasil afora. E o Pantanal é um verdadeiro paraíso! Apesar de tantas depredações, o rio Paraguai e seus afluentes ainda continuam vivos. ? verdade que houve uma boa diminuição de peixes nessas águas desde a última vez que lá estivemos.
Há alguns anos fomos a Albuquerque, distrito de Corumbá (MS); ficamos hospedados no Satélite Esporte Clube, uma associação recreativa mantida pelos funcionários e aposentados do Banco do Brasil.
Quando saímos de Rio Pardo, a previsão era de tempo bom e temperatura elevada. Foi só chegarmos à pousada que houve mudança brusca no clima. No primeiro e segundo dias, mesmo com muito vento, conseguimos pescar. No terceiro dia o vento aumentou mais ainda e trouxe muita chuva, por isso ficamos o dia inteiro jogando baralho no salão de jogos da pousada. Já no quarto dia, a chuva deu uma trégua, mas os peixes também sumiram.
Resumindo, foram quatro dias de pesca em que conseguimos pescar vários tipos de peixes: Dourado, Cachara, Palmito, Pacu, Pialçú, Cachorra e aquela famosa dentuça, a Piranha. A maioria desses exemplares foi solta, mas alguns serviram para nossas refeições, que eram preparadas pelo Roni, nosso piloteiro.
A viagem foi muito tranquila. Na ida pernoitamos em Campo Grande, mas na volta viemos revezando no volante, então pudemos percorrer os 1.350 quilômetros de distância até nossa casa.
Trouxemos pra cá apenas três Pacus, peixe muito saboroso. Com eles fizemos uma peixada para os amigos?.