Uma boa pergunta seria essa: �??Nós somos transparentes?�?�

Não é muito fácil encontrar alguém plenamente transparente. Acreditamos que o Chico Xavier tenha chegado bem perto...

Em verdade, uns escondem algo do seu cônjuge, outros dos filhos e ainda outros dos seus amigos ou de si mesmo atrás de sua cultura.  Ou então atrás da falta de tempo ou da necessidade neurótica de estarem sempre certos.

Uns se escondem atrás do símbolo do status. Alguns são especialistas em se esconder atrás dos seus títulos acadêmicos. E, ainda há outros que se escondem atrás de sua posição social ou então de suas contas bancárias.

Na realidade, nós temos animo para falar de nossas roupas, mas não de nossas atitudes. Discorremos com entusiasmo das nossas vitórias, mas não tratamos dos acidentes de percurso. Largamo-las ao sabor da inconsciência... E esquecemos que elas podem atrapalhar-nos, na trajetória...

O ser humano, de todas as raças, culturas e condições sociais, tem uma tendência histórica de camuflar seus defeitos e de maquiar suas insanidades. Faz-se necessário que ele descubra quem é  e  retire toda a máscara, removendo todo o disfarce.   E o pior disfarce é aquele que escondemos de nós mesmos: os nossos traumas.  �? o que se leva para o túmulo...

E aí vem a surpresa:  ninguém engana ninguém do Outro Lado, pois a cada uma de acordo com as obras. E foi o Mestre JESUS que nos disse essas palavras há quase dois mil anos...

Seria bom que pudéssemos extrair um pensamento vibrante das ideias do Mestre. Lembremos que ser doente, não é uma escolha humana, mas continuar doente pode ser...

JESUS admite nossa estupidez, mas não aceita que a escondamos.  ELE admite nossas tolices, mas não permite que as maquiemos.

�? por isso que ELE exige que sejamos transparentes quando fala dos nossos débitos no Pai Nosso.  ELE quer que tenhamos contato com as nossas fragilidades.  ELE quer libertar-nos dos débitos do passado e estimulando a arte de pensar.

E assim, consigamos expandir a autocrítica e produzir um olhar sereno para dentro do SER.

Fonte: �??A Sabedoria Nossa de Cada Dia�?�, Augusto Cury.