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09/Out/2021 - 21:44:30
Fisgou Barbado e recuperou celular
Redação
Na era do celular. Ciça no barco, entre as papudinhas, procurava em sua bolsa, seu celular para visualizar a mensagem que seu companheiro Osmar estava lhe passando.
No mês de agosto, os amigos Osmar e Ciça foram conhecer um pedacinho do nosso rio Pardo, há poucos quilômetros antes dele desaguar no rio Grande, norte do Estado de São Paulo, município de Jaborandi e lá foram muito bem recebidos pelos proprietários da Pousada do Jaú, Shigueru e Kiyohara Takata, que lhes proporcionaram uma bela pescaria com muitas fisgadas, porém, algo desagradável aconteceu com o persistente pescador Osmar. Entre uma fisgada e outra, ele aproveitava o tempinho para dar umas espiadas no seu celular novinho que tinha recebido de presente de sua amada Ciça, no dia dos namorados, e enviar aos amigos fotos da promissora pescaria, momento em que a sua linha zuniu e o seu celular caiu, indo pro o fundo do rio.
ACREDITE SE QUISER
O tempo passou, o mês de setembro chegou, o Osmar não se conformou e foi quando o celular da sua esposa tocou, eles atenderam a chamada e conversaram com a pessoa do outro lado da linha, era Shigueru, que havia encontrado o celular nas entranhas de um graúdo Barbado, que após, com muito cuidado, retirou o aparelho de seu bucho e o soltou novamente para as águas do Pardo. Sim, enquanto o peixe estava no viveiro do barco, Shigueru ouvia um barulho de celular tocando dentro do peixe.
O aparelho não estava funcionando perfeitamente, mas o cartão de dados ainda podia ser lido. O Shigueru fez um "transplante" para seu próprio celular e conseguiu localizar o dono.
ACREDITE SE QUISER II
Motivo não faltou, Osmar e Ciça intimaram o seu filho Osmar Neto para que fosse com eles até a pousada e recuperar o caro celular e aproveitar para dar uma pescadinha de final de semana.
Neto, conhecido entre os amigos da "janta de quarta" como o "teimoso", levou nas tralhas da pescaria, seu novo caiaque, prometendo a sua mãe que iria, de qualquer forma, fisgar o Barbado que teria "roubado" o celular do papai.
E assim foi, dois dias de pesca incansáveis, até que no "último minuto do segundo tempo", Neto gritou, o Barbado abocanhou, a vara envergou, a linha esticou, a carretilha cantou e a festa começou. Solta a linha, solta o caiaque, recolher a linha, prende o caiaque, faça o que quiser meu filho, mas não deixa esse peixe escapar, deve ser o "ladrão" do celular, gritava a Ciça sem parar.
Osmar trocou a placa de circuitos do aparelho e este, está funcionando perfeitamente até hoje. Ele disse que, no momento, não acreditou no que estava acontecendo, mas depois de ver a foto do peixe quando da retirada do aparelho do seu bucho e vendo-o ao vivo, garante que é a absoluta verdade, pode acreditar...