E o acordo foi rompido, você foi embora antes do combinado, e como você dizia, "nem tudo sai do jeito que queremos�?�, e assim eu creio que a sua fala neste momento se cumpriu - "um anjo veio me falar que quando eu chegar Lá e o Pedrão estiver bravo, saia pelo corredor e vá na cozinha tomar um café com Maria, e ela diria filhinho, senta aqui, quando Pedro está nervoso, nem nós podemos com ele, espera que vai passar, tome seu cafezinho"...

Eu iniciei este texto para você, meu Pai, pois a sua vida foi nos contar boas estórias, que nos confortavam em momentos como este.

E quem conviveu com você por anos, sabe e conhece esta sua fala do "acordo" que você fez com o Pedrão.

E, como não podemos tudo, fica aqui a minha aceitação e a certeza de que você foi sim um bom Pai, Amigo, e excelente Avô (bem nos moldes dos avozões carinhosos, preocupados e presentes em todas as etapas dos seus três amados netos, e ah, e ultimamente do seu bisneto que você sempre tinha um colo para confortá-lo, com toda a sua atenção, característica da sua personalidade.

Meu Pai, é com profunda tristeza desta perda diária, pela qual passarei a partir de hoje, em ir até sua casa e antes do trabalho, os velhos conselhos de um crédulo como você, "Deus te acompanhe", "bom dia", "até na hora do almoço" e "não esquece de fechar o portão".

Uma constante em nossas vidas

Agora o que registro neste texto em homenagem a sua Figura Impar, é o legado da sua retidão nesta vida

Os grandes amigos que você criou em torno de si, o privilégio de poder conviver os 36 anos de minha vida junto de ti em nosso sustento e  a certeza do seu dever cumprido em todos os sentidos.

E não vou deixar de citar a fala de seu querido professor: "você agrega, você nos mantém unidos, vir aqui e deixar você fazer da loja a nossa confraria, é tudo de que precisamos".

E da trinca, dos meus três mosqueteiros, coincidentemente a lógica do tempo se fez presente. O mais velho se foi primeiro, você era o do meio e foi agora, deixando para trás o caçulinha.

Recordações, meu Pai, muitas e boas recordações.

Você nos deixou este legado...

Muito obrigado, aqui, pois pessoalmente eu e você vivemos muito bem, nas nossas saídas à tarde para ir muitas vezes a lugar algum, mas saímos para um passeio.

Você foi dez, ou como sempre dizia seu companheiro de quarto - "e ai ligria, tudo bem?"

E assim foi sua vida plena.

Fica aqui nestas poucas linhas minha gratidão por sua existência em nossas vidas

Eu, seu Batistinha de sempre, o Nandão, a Maria Luiza, a Ritinha, o Saulo, o Leo e o Feco (seu companheirão de quarto) e ah, lógico em o nome do Dante e do Martim, que esta por vir.

Que a festa na sua chegada tenha sido tal qual você sempre dizia, "será com sambão e muita alegria".

Que assim se cumpra.

PS - �? com extrema gratidão que faço deste espaço o meu muito obrigado a Carlos José de Oliveira Fagotti, o cardiologista que cuidou muito bem de meu Pai, com sua atenção, dedicação, humanidade e presteza sempre, e principalmente nestes últimos três dias, estando presente e me ajudando a manter os cuidados para com o tratamento de meu querido Pai. Valeu Caze, você foi fantástico em todos os sentidos. Sua ajuda foi providencial.

Agora, peço desculpas por não anunciar os nomes para não incorrer na indelicadeza do esquecimento.

Mas minha gratidão e de meu familiares a todos vocês enfermeiras e enfermeiros do CRU em todos os cuidados, carinho, delicadeza, presteza, pela qual vocês trataram meu Pai, que Deus os abençoe sempre, que Nossa Senhora os proteja e que o trabalho Humano de vocês para com os pacientes se mantenha sempre assim.

Muito obrigado de coração.

Batista Folharini Filho

José Fernando Folharini

Maria Luiza de Oliveira Folharini

Carmem Rita Capuano Folharini

Saulo de Oliveira Folharini

Leonardo Capuano Folharini

Fernando Capuano Folharini

Dante e Martim